Direção Defensiva
Recomendações buscam prevenir situações perigosas no trânsito
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 90% dos acidentes de trânsito são causados por falha humana - 6% são por questões relacionadas à estrada e 4% por falhas mecânicas. No que tange aos motoristas, são três os principais problemas: imprudência, quando alguma regra é conscientemente quebrada; negligência, quando não há cuidado no cumprimento das normas; e imperícia, ou seja, falta da habilidade necessária à condução do veículo.
Para evitar os acidentes causados pelo homem foi formulada a direção defensiva, conjunto de recomendações de segurança que deve ser repassado a todos os motoristas durante as aulas na autoescola ou na renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
As aulas de direção defensiva dividem-se em seis grandes assuntos:
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Dirigir com excesso ou escassez de luz
- Em caso de via escura, o motorista pode se guiar pela faixa branca na lateral da pista
- É preciso cuidado com o farol alto, que ofusca o motorista na via de sentido oposto. O indicado é baixar a luz quando outro veículo se aproximar na pista contrária
- O farol alto também pode cegar temporariamente o carro da frente, quando a luz incide no retrovisor. Nesses casos, também é aconselhável diminuir o farol quando atrás de outro veículo no mesmo sentido
- É indicado, sempre que possível, trafegar com luz baixa
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Dirigir em condições adversas de tempo
- Neblina: diminui a visibilidade. Recomenda-se ligar o farolete ou os ou faróis baixos e só parar em locais com acostamento, sinalizando com o pisca
- Chuvas: a pista molhada diminui a aderência entre os pneus e o solo, o que pode gerar a aquaplanagem e perda de controle. Diminua a velocidade e freie com cuidado
- Granizo: como em outros casos de baixa visibilidade, o ideal é manter distância do carro da frente e ir devagar
- Vento: se o vento estiver transversal, a recomendação é abrir as janelas; se vier de frente, aconselha-se diminuir a velocidade. Atenção com objetos que podem ser arremessados contra os vidros
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Cuidado com a situação das estradas
- Em caso de problemas na conservação das pistas, é indicado adequar a velocidade às condições observadas
- Recomenda-se atenção a desvios, trechos em meia pista ou sem acostamento
- Em vias sem sinalização, atenção redobrada
- Definir o trajeto antecipadamente é uma forma de evitar conversões bruscas e velocidades abaixo das mínimas ao se procurar um endereço
- Em descidas, a indicação é usar o freio rápida e suavemente, e manter-se com a marcha engatada (em vez de fazer "banguela")
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Cuidados com o veículo
- Fazer a manutenção periódica do veículo é uma das medidas preventivas - pneus (calibragem e desgaste), limpador de para-brisas, quantidade de combustível, nível do óleo, condições das pastilhas de freio e funcionamento do motor são alguns dos itens que devem ser periodicamente checados.
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Condições do motorista
- Fatores físicos como cansaço, visão ou audição comprometidas diminuem a atenção e aumentam os riscos de acidente
- Comer demais ou deixar de se alimentar são atitudes que geram reflexos físicos não aconselháveis a um condutor
- Fatores emocionais e psicológicos - nervosismo, tensão, inexperiência, excitação ou tristeza - também fazem o motorista perder o foco
- Dirigir com sono, embriagado ou sobre efeito de substâncias tóxicas (remédios ou drogas) também não é aconselhável
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Como evitar colisões
- Manter distância do carro da frente, para dar espaço a reações bruscas, em caso de atitudes inadvertidas do outro motorista
- Sinalizar corretamente as conversões
- Em cruzamentos não sinalizados, o veículo na via da direita tem preferência; se houver placa de "dê a preferência", vale a placa
- Quando em marcha ré, retorceder devagar e sempre observando os dois espelhos
- Direção e celular não combinam: além de ser contra a lei atender ligações ao volante, o telefone desvia a atenção do condutor
- Da percepção do problema à reação por parte do motorista passam-se, pelo menos, dois segundos. Para medir esse intervalo, marque um ponto X e conte "três mil e um, três mil e dois" entre o instante em que o carro da frente passa pelo ponto e o em que o próprio carro passa por ali; se o veículo de trás cruzar o ponto antes dos dois segundos, é porque a distância está pequena